Diretores do Sindicato da Saúde se juntaram a dezenas de dirigentes sindicais de Santa Catarina e de outros estados que participaram da audiência pública e defenderam a rejeição ou arquivamento do projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que amplia a terceirização da mão de obra. O ato conjunto da Assembleia Legistativa de Santa Catarina e da a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, aconteceu no Auditório Antonieta de Barros, na tarde de segunda-feira, dia 8. Além dos dirigentes sindicais, participaram parlamentares e representantes da Justiça e do Ministério Público do Trabalho (MPT).
A audiência pública foi solicitada pela deputada Ana Paula Lima (PT), por meio da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, e contou com a presença do senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal. O evento faz parte de um ciclo de debates em todos os estados, promovidos pelo senador, que é contrário à proposta de ampliação da terceirização.
Para o presidente do Sindicato da Saúde, Lorival Piseta, o ato serviu para deixar claro o posicionamento dos trabalhadores em relação a proposta. “Terceirização é reduzir salários, precarizar as relações trabalhistas e é um golpe contra a classe trabalhadora”, diz. Segundo Piseta, se aprovado o impacto nos salários será de no mínimo 30%.
Outro fator que preocupa os dirigentes sindicais são os acidentes de trabalho. Os dados apontam que 80% das vítimas são terceirizados. “Não podemos deixar os trabalhadores adoecer e ser vítimas de acidentes de trabalho para o lucro de uma minoria”, explica Piseta.