Um documento será entregue ao Governador Raimundo Colombo na noite desta segunda-feira, dia 2, em Joinville, para pedir solução efetiva na questão do repasse ao Hospital Infantil Dr. Jensen Amarante Faria. A decisão partiu de lideranças políticas, dos trabalhadores e de representantes da instituição durante a reunião realizada nesta manhã na Sede do Sindicato dos Empregados na Saúde. “Não queremos que crianças e adolescentes continuem sendo prejudicados pelo não cumprimento do contrato por parte do Estado”, explica o presidente do Sindicato dos Empregados da Saúde Lorival Pisetta. Por causa dos atrasos nos repasses, há duas semanas o Hospital parou de fazer os atendimentos na área de ambulatório e o Pronto Socorro atende somente Urgência e Emergência.

Estela Cucchi, representando o Hospital Infantil, ressaltou que são realizadas mais de 11 mil atendimentos infanto-juvenil por mês de mais de 26 municípios do Estado. Segundo ela, a entidade é referência em diversas especialidades, como por exemplo, a cirurgia cardiovascular pediátrica. “No ano passado foram atendidos 282 pacientes, oriundos de 91 diferentes municípios”, comenta.

Mesmo sendo referência, o Hospital Infantil sofre com os atrasos nos repasses por parte do Governo do Estado. O valor que deveria entrar nos cofres da entidade por mês é de aproximadamente R$ 6 milhões. “Os atrasos não dão fôlego para nós. Estamos em uma situação caótica”, relata Estela.

Presente na reunião os vereadores João Carlos Gonçalves (PMDB) e Manuel Bento (PT) assumiram o compromisso em mobilizar os vereadores para cobrar uma agilidade por parte do Estado. “É lamentável. Estamos falando da vida de pessoas que estão sendo colocadas em risco. Isso é um crime”, disse Bento. 

O Deputado Estadual Dalmo Claro (PMDB) disse que conhece a realidade da entidade e que na semana passada já havia usado a tribuna da Assembleia Legislativa para relatar a situação. “Vamos articular este encontro com o Governador Raimundo Colombo para que os representantes possam relatar o problema a ele”, prometeu. O parlamentar disse que vai buscar uma audiência na Capital para detalhar a situação.

Josiane Werner é funcionária do hospital e diz que os trabalhadores estão cientes da situação da instituição. “Alguns estão abrindo mão das férias por entender que o Hospital Infantil não vem recebendo os valores corretamente”, comenta. 

Já o presidente do Sindicato dos Empregados, Lorival Pisetta, diz que os trabalhadores e a direção do Hospital vão precisar do apoio dos agentes políticos para encontrar uma saída para a grave situação do Hospital. “Cada um de nós está fazendo sua parte e vamos precisar unir as forças para resolver a situação”, disse.